domingo, 28 de março de 2010

Final Feliz?

Desde que a TV noticiou o caso da menina Isabela que milhares de pessoas acompanharam todos os passos, e nesta última semana com a exploração da noticia em torno do julgamento dos acusados, pessoas passaram noites em uma fila para assistir ao julgamento, com cartazes com a palavra justiça. É para se indignar, pois todas as emissoras de TV, vendo que com esta notícia poderiam faturar muito, não falaram de mais nada durante toda essa semana. Enquanto isso quantas crianças estão sofrendo vários tipos de abusos, violência, quantas crianças pobre estão sendo marginalizadas, exploradas? Isso não passa, o interesse deles é a melhor reportagem, o lucro que ganharam para suas empresas, apenas isso.
Se fosse uma criança pobre e negra certamente nem passaria no noticiário da tevê. O que me deixou revoltada foram os foguetes que várias pessoas lançaram ao final do julgamento, o que elas comemoravam? Até parece que estavam diante de uma bela comemoração. Uma criança foi morta, quer dizer mais uma criança foi morta. E ao meu vê não há o que se comemorar. Infelizmente a menina Isabela não foi a primeira nem será a última criança violentada. Será que todas aquelas pessoas acreditaram que essa triste história teve um final feliz?

Mal Exemplo

Vitória já presenciou muita coisa em seus trinta anos de sala de aula, mas nada se compara com o fato que está vivendo agora. Professora de matemática ela dá o seu melhor para que os seus alunos aprendam. Em uma turma com quase quarenta alunos e destes, sete com seu mal exemplo estão impedindo que ela e os demais professores desenvolvam seu trabalho. É para se revoltar, falar alto, até mesmo gritar diante da falta de respeito que esses alunos tem para com seus professores. Além das respostas na ponta da língua para alguma reclamação do professor por não estarem prestando atenção na aula, eles ainda fazem pouco mesmo de cada um, não fazem absolutamente nada na aula. Por este motivo seus responsáveis foram chamados na escola para ficarem cientes do que seus filhos estavam fazendo. Para surpresa de todos a avó de um dos alunos chegou na escola e começou a gritar e chamar todas as professoras dos piores nome que vocês possam imaginar, (não citarei aqui por que de tão baixos que são não vale a pena.) ela dizia que seu neto não era o pior, ela gritava...
Vitória e as demais professoras se calaram diante daquela cena, não acreditavam no exemplo que a família daquele aluno dava a ele, foi triste. Aquela tarde perdeu a graça, Vitória se perguntava o erro é meu? Como vou ajudar esse aluno, se em casa ele tem esse mal exemplo?
De que adianta Vitória tentar ajudar aquele aluno, acreditar nele, se a família destroi todo seu trabalho, se ao invés de ajudar está atrapalhando. A familía que é tão importante, que deveria cuidar, dar bons exemplos, está ausente, claro que não se pode generalizar, mas hoje é a realidade de muitas.
Vitória é um nome que criei, mas está história é uma realidade vivenciada por uma professora que conheci a alguns anos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O rio Balsas é nossa maior riqueza, nosso patrimônio devemos preservá-lo. Vamos dizer NÃO a barragem que querem construir, muitas pessoas serão afetadas .


quinta-feira, 25 de março de 2010

Desabafo

Muitas pessoas me questionam por que quis ser professora, uma profissão que é mal remunerada, com crianças e adolescentes sem referencial reflexo da ausência de uma família. Hoje posso dizer que não é fácil, até eu mesmo já me perguntei o que estou fazendo? Será que é isso que realmente quero? Seria eu então mais uma professora decepcionada e frustrada com sua profissão? Com toda certeza digo que NÃO, passado essa angustia, essa descoberta de uma realidade tão diferente das que estudamos na faculdade, das teorias de grandes educadores, me dei conta da grande responsabilidade que tenho com meus alunos, sei que para muitos deles sou um exemplo e muitos em seus sonhos querem ser como a tia Janilde. Dessa forma o mínimo que posso fazer é da o melhor de mim, sem esperar que reconheçam, valorizem meu trabalho, pois faço por eles e para eles. Não posso culpa-los, pelo baixo salário que recebo, pelas péssimas condições de trabalho que enfrento dia a dia. Que culpa eles tem? Eles são mais uma vítima de uma sociedade desigual, e já sofrem tanto pela falta de uma família (sabe aquela que pergunta o que você fez na escola hoje? Que ajuda nas tarefas de casa, que se preocupa, que ama). Assim também como os professores não podem carregar sozinhos esse desafio de transformar o meio em que vive.
Não quero aqui desfazer o trabalho de ninguém, mas já vi e ouvi tantos professores sendo indiferente, sem compromisso com aquilo que um dia juraram fazer, e pior de tudo sem amor pelo que fazem, é mais fácil criticar, buscar culpados, do que fazer o seu papel. Sendo educadora não posso deixar que o pessimismo tome conta de mim, preciso acreditar na educação e principalmente acreditar no meu trabalho. Desculpem aqueles que fazem de conta que ensinam, pois não é esse meu papel, no dia que assim eu agir deixarei de ser professora. Sonhadora? Ah!Quem não gosta de sonhar!Sou feliz quando vejo o crescimento dos meus alunos, quando sinto que pude contribuir para que ele seja uma pessoa melhor.

sábado, 20 de março de 2010

Sonhar!!

Sonhar faz bem, sem a fantasia e os sonhos a vida perde um pouco da graça. Isso não quer dizer que a qualquer custo, sem levar em conta sentimentos, pessoas, se fará de tudo para alcançar os seus sonhos. Sonhar para atingir seus objetivos faz bem, traz felicidade, nutre a alma e deixa seu objetivo mais perto de você.
É preciso determinação, coragem, confiança em si próprio... Não permita que ninguém diminua seus sonhos e acredite em você.
Neste momento me encontro sonhando ora acordada, ora em um sono bom com meu casamento, que mulher nunca sonhou com o homem perfeito, já passei por isso, hoje mais consciente sei que essa perfeição não existe, o que existe é alguém que no dia a dia nos ajuda a ser melhor, que nos coloca pra cima, e nos faz simplesmente SONHAR!!!

terça-feira, 2 de março de 2010

Ser Professora é...

Depois de alguns anos como professora acredito que posso dizer o que é ser uma;
Ser professora é muito mais que ensinar as disciplinas curriculares é ensinar para vida;
Ser professora é ser paciente ao extremo diante de uma turma agitada;
Ser professora é perceber a carência de um aluno devido a falta de uma família e dar a esse aluno um pouco de amor, carinho;
Ser professora é preparar com carinho uma aula e por indicisplina de alguns alunos não conseguir seus objetivos;
Ser professora é se emocionar com os lindos recadinhos que os alunos lhe dão;
Ser professora é querer sempre o melhor para seu aluno, mesmo quando ele não te dá motivos;
Ser professora é fingir que não ouviu um palavrão que um aluno lhe atribuiu;
Ser professora é separar inúmeras brigas durante o ano;
Ser professora é se alegrar com o progresso de seus alunos;
Ser professora é se revoltar com as péssimas condições de trabalho, com baixos salários, mas não permitir que isso seja uma justificativa para não dá o seu melhor;
Ser professora é nunca deixar de acreditar na educação, mesmo quando tudo não vai bem;
Ser professora é ceder sua mesa para os alunos por que falta carteiras;
Ser professora é ser divertida e séria quando for preciso;
Ser professora é ter que aturar aquele aluno que só quer atrapalhar;
Ser professora é ouvir coisas do tipo: eu não vou fazer essa atividade, e mesmo assim insistir para que o aluno faça sua tarefa;
Ser professora na verdade não é fácil, não tem nada a ver com vocação se aprende a cada dia;
Ser professora é algo que me realiza;
Ser professora é ter sempre um lápis no estojo, pois certamente um aluno lhe pedirá;
Ser professora é fazer papel de mãe inúmeras vezes, pois muitos de nossos alunos não sabem o que é ter uma;
Ser professora requer dedicação, responsabilidade por sua profissão;
Ser professora é saber ensinar, mas também ter a humildade de que muito ainda tem para aprender;